A inflação tem sido bem perceptível no cotidiano de quem faz compras. Em abril, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é a inflação oficial do País, chegou a 1,06%, maior valor desde 1996, quando atingiu 1,26%. Só este ano, já há um acúmulo de 4,29% e nos últimos 12 meses, de 12,13%.
De acordo com a economista e professora da Feevale Lisiane Fonseca da Silva, são diversos os fatores que ajudaram neste aumento de preço, principalmente dos alimentos.
Os motivos da alta
"Algumas mercadorias são comercializadas em dólar, que está mais para alto que para baixo no Brasil. A alta no valor do litro do diesel, por exemplo, afeta a distribuição dos produtos. Tivemos também um período grande de estiagem que prejudicou as lavouras. A guerra entre a Rússia e a Ucrânia também tem refletido no País e prejudicado a venda do trigo e do milho, porque o trigo atende ao ser humano por meio do pão, da massa e do biscoito, e o m ilho é usado para a ração animal, o que reflete no valor da carne", explicou.
Com a cesta básica a R$ 723,14, levantamento do Procon de São Leopoldo observou que o aumento nos últimos três anos chega a praticamente 100%. Na comparação com 2019, quando o conjunto de itens básicos custava R$ 375,20, o crescimento de preços é de 92,74%. Em 2019, de acordo com o IBGE, a inflação era 0,54%.
O valor de mais de R$ 700 foi o menor encontrado pelo Procon-SL, que pesquisa nos principais mercados. Conforme o local, a cesta básica pode ficar ainda mais salgada.