Quase sem visão, ganhando apenas um salário mínimo e morando sozinha, a reconstrução da casa que foi tomada pelos cupins tornou-se uma missão impossível para Rosicler Schneider, 60 anos. Moradora de Campo Bom, ela dedicou a vida a cuidar do irmão mais novo, criar o único filho sozinha e, durante oito anos, cuidar do pai cadeirante, acometido por um derrame. Agora, diz, é ela que precisa de ajuda.
"Está tudo caindo. Roupeiro não tem mais, as roupas estão rolando. Estou enjoada com isso aqui. Além do mais, a casa é muito fria." Para ter um novo lar, mais seguro e quente, ela criou uma vaquinha virtual pela qual tenta arrecadar o valor de R$ 80 mil.
Ela sofre de miopia degenerativa e glaucoma desde a infância, além de outros problemas de visão. Ela enxerga apenas vultos e conta que mal se lembra de como é a feição de seu rosto. Além disso, sofre com dores constantes nos olhos e na cabeça.
Para se locomover pelo pátio onde mora, usa uma bengala e segue os caminhos que decorou antes da visão desaparecer totalmente. O filho vive em São Paulo e desde que começou a pandemia não conseguiu mais visitar a mãe. "Ele me ajuda do jeito que pode, mas sei que é difícil pra ele também", comenta. A mãe dela morreu de câncer e o pai faleceu há dez anos, por sequelas do derrame.
De acordo com a moradora Rosecler, foi aberto um protocolo na prefeitura para pedir ajuda com a reforma da casa. Segundo a assessoria de imprensa da prefeitura, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social e Habitação (SMDSH) fará visita ao local indicado na abertura do protocolo. O objetivo é avaliar a situação e definir quais ações, entre as de responsabilidade do poder público, podem ser tomadas a fim de solucionar o problema de Rosecler.
A vaquinha está disponível no site vakinha.com.br, cadastrada com o número 2815901