Os gaúchos da região já estão acostumados com temperaturas elevadas no verão. O que está por vir nos próximos dias, contudo, fugirá um pouco do habitual mesmo para essa época do ano.
Os efeitos devem ser sentidos aos menos até os primeiros dias da próxima semana. Até lá, o termômetros devem corriqueiramente atingir os 39°.
Mas por que essa situação está ocorrendo agora? De acordo com a MetSul, essa potente onda de calor é um exemplo de extremo climático composto.
Em resumo, são situações extremas que ocorrem simultaneamente e que possuem características que agravam umas às outras. Com isso, os impactos na humanidade e no meio ambiente são bem mais agressivos do que se ocorressem isoladamente.
No caso atual do Rio Grande do Sul, ainda segundo a MetSul, os dois extremos que se encontraram são uma poderosa onda de calor e um quadro de estiagem severa. A soma desses dois fatores pode ainda levar a outras situações, como, por exemplo, incêndios.
"Não à toa, os recordes de calor do Rio Grande do Sul de 42,6°C em 1917 e em 1943 se deram quando o Estado gaúcho passava por fortes secas naqueles anos", destaca a MetSul em um de seus informativos.
Todo esse calor não é localizado somente no Rio Grande do Sul. Argentina e Uruguai também enfrentam temperaturas elevadas. A marca obviamente foi destaque nos principais periódicos portenhos.
O La Nacion e o Clarín, por exemplo, deram destaque à onda de calor no país e às suas consequências nas suas edições de quarta-feira.
Diante de todos os problemas causados pelo calor na capital argentina, entre os principais estiveram os cortes de energia elétrica causados pelo grande consumo. A estimativa é de que, no pico do apagão, pelo menos 700 mil clientes tenham ficado no escuro na região metropolitana de Buenos Aires.