Passando o feriado de Nossa Senhora Aparecida no Guarujá, litoral paulista, na manhã desta segunda-feira (11) o presidente Jair Bolsonaro foi de moto até a praia da Enseada, onde encontrou apoiadores e posou para fotos. Apesar de estar de capacete sem viseira, ele não usava máscara, acessório que segue sendo obrigatório em todo o Estado, e acabou promovendo aglomeração.
Ao falar com a imprensa, Bolsonaro comentou sobre a volta da alta inflacionária, avaliando que a culpa do aumento das taxas é dos governantes que ordenaram que a população permanecesse em casa durante a pandemia.
"O Brasil foi o país que melhor se saiu economicamente em questão da pandemia. Agora muita gente sofreu com o 'fique em casa e a economia nós vemos depois'. Chegou a conta para pagar." E continuou: "Quem quebrou a economia foram governadores e prefeitos, pergunta para eles. Querem botar na minha conta a economia? Bateram em mim até não poder mais no ano passado, 'a economia a gente vê depois'. Estou vendo."
Absorventes
Sobre o PL dos absorventes, Bolsonaro justificou novamente o seu veto, sob argumento de que o projeto não prevê a fonte de despesas. E, por este motivo, se ele aprovasse, poderia incorrer em crime de responsabilidade, passível de impeachment.
"Eu sou escravo das leis, eu não posso sancionar uma coisa se não tiver uma fonte de recursos com responsabilidade. Estaria respondendo a um impeachment agora. Agora a deputada que apresentou o projeto apresenta para o prefeito este projeto sem apresentar a fonte de custeio. Se derrubarem o meu veto, vão ter que tirar de outras pautas. De onde? Não sei. Não é fácil."
Gestões anteriores
Ainda sobre a distribuição gratuita de absorventes, o presidente da República disse que, em sua gestão, a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) vetou um projeto com a mesma pauta e o ex-prefeito Fernando Haddad (PT) também barrou projeto semelhante quando administrava São Paulo.
"Não pode apresentar um projeto sem dizer de onde vem o dinheiro. Está na lei isso. Se eu sancionar, estou em curso de crime de responsabilidade. Eu não posso fazer o que eu quero com a minha caneta, um vereador ou deputado pode colocar sim ou não para o que bem entender. Se eu fizer, pronto. O projeto é bom? É bom o projeto, não há dúvidas, mas uma deputada que apresenta isso tem que ser criticada e não elogiada", finalizou.