Uma ação está transformando a saúde e a qualidade de vidas das mães e das crianças em Novo Hamburgo. A Universidade Feevale mantém há três anos o Projeto Mãe-bebê, iniciativa que reúne uma série de programas que acompanham gestantes até os três anos dos pequenos. Tudo gratuitamente.
Para Daiana, ainda existe muita desinformação sobre a gravidez, parto e amamentação e grande parte das mães atendidas ainda acreditam em mitos, como o do que o "leite materno é fraco", entre outras crendices. "Trabalhamos todos esses temas e, com isso, estamos gerando confiança e estamos ajudando as famílias a se estruturarem".
Durante as consultas, são feitas avaliações do desenvolvimento e crescimento infantil, puericultura, orientações para alimentação e amamentação, entre outras. A iniciativa ocorre de forma interdisciplinar envolvendo as áreas de Fisioterapia, Medicina, Nutrição, Psicologia, Enfermagem e Odontologia.
Os atendimentos, que são feitos por bolsistas e voluntários do Programa e têm orientação dos professores da instituição, ocorrem no Centro Integrado de Especialidades em Saúde (Cies), na Rua Rubem Berta, 200, no bairro Vila Nova, em Novo Hamburgo.
Após a primeira avaliação, é definida a frequência de encontros, que costumam ser semanais e sempre envolvem mais de uma especialidade. Ao mesmo tempo que o paciente é atendido nas sessões de fisioterapia há o acompanhamento de acadêmicos de nutrição ou enfermagem, por exemplo", explica a fisioterapeuta e docente da instituição, Simone De Paula Dillenburg.
Ainda há vagas
A participação no projeto é gratuita mediante cadastro no primeiro dia de atendimento; para participar, o interessado deve realizar o agendamento pelo e-mail cies@feevale.br ou pelo perfil @maebebe.feevale no Instagram. Mais informações podem ser obtidas pelo e-mail programabebe@feevale.br.
Para a moradora de Campo Bom, Viviana Teresinha Neuberger Couto, 37 anos, a terceira gestação chegou rodeada de dúvidas. Mãe de dois meninos, Luan, 19, e Lucas com 12, ela está na contagem regressiva para a chegada de Lorenzo.
No terceiro trimestre ela afirma que cada bebê é diferente apesar da experiência no maternar. "As pessoas pensam que por já ter filho não surgem dúvidas, medos e receios, mas isso não é verdade. Sempre há algo novo para aprender ou fazer melhor, e aqui me senti tão acolhida e sempre que surge alguma dúvida a equipe busca solucionar o mais breve possível", revela a assistente administrativo, destacando o cuidado e acolhimento que sente durante os atendimentos. "Já passei por duas gestações e nunca fui tão bem acolhida e tratada como aqui. Tanto os professores como os alunos são dedicados e atenciosos, sempre te fazendo se sentir em casa", completa.
Todas as semanas Roberta Santos Souza, 21, vêm de Estância Velha para a filha Marina de dez meses receber atendimento no Centro Integrado de Especialidades em Saúde (Cies). Com a fisioterapia a pequena agora consegue engatinhar e pegar os brinquedos sozinha. "Pra mim foi um achado esse programa. Não teria condições para pagar toda a estrutura disponível para ela aqui", afirma.