Uma arte milenar de harmonização da energia vital tem ajudado pessoas a lidar com a dor de maneira sutil e sem a necessidade de ferramentas externas. Bastam a respiração e as mãos para colocar em prática o Jin Shin Jyutsu (ou apenas Jin Shin), sabedoria japonesa que baseia-se na sequência de toques em 26 áreas do corpo onde a energia se concentra.
Mayumi diz que todo tratamento começa com uma entrevista, em que o paciente expõe o que sente e os motivos do atendimento, físicos ou emocionais. "Cada encontro é direcionado a partir desse relato do paciente."
Depois, o paciente é convidado a deitar-se na maca. À medida em que relaxa e se concentra na respiração, Mayumi identifica com auxílio de um pêndulo os locais do corpo que precisam ser reequilibrados. Há sessões em que complementa o tratamento com acupuntura ou laser. Tudo para somar ao processo de harmonização do fluxo interno de energia. "Essa é a base para qualquer processo de cura."
Ao som de uma música suave, o paciente vai se entregando ao processo e, não raro, adormece, tamanho relaxamento que a consulta proporciona. Enquanto isso, Mayumi vai realizando as sequências com as mãos, coordenadas pela observação da respiração do paciente. Cada ciclo representa, em média, 18 inspirações e expirações. As sequências ocorrem em locais específicos na parte anterior e posterior do corpo.
A fisioterapeuta relata que os benefícios da prática são cumulativos e é possível aliar o Jin Shin a quaisquer outros tratamentos convencionais. "Grandes estagnações de energia podem resultar em graves doenças", alerta ela. Finalizada a consulta, que tem duração média de uma hora, o paciente recebe orientações para fazer o Jin Shin em casa. Essa prática, reforça Mayumi, é essencial para o sucesso do tratamento, uma vez que temos capacidade inata para a auto-harmonização.